Terapia com cães pode ajudar no aprendizado de estudantes (Foto: Manuel Meza/Unsplash)
Para universitários em crise, a melhor forma de combater o estresse pode ser simples: um cachorro. A conclusão é de um artigo escrito por professores da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, e publicado no periódico AERA Open, da Associação Americana de Pesquisa Educacional, na última terça-feira (11).
O estudo acompanhou 309 estudantes que participaram, durante um mês, de programas focados em terapia com cães. Seis semanas depois que as atividades foram encerradas, os pesquisadores notaram uma melhora na função executiva do cérebro de alunos sob maior risco de problemas de aprendizado e saúde mental.
A professora Patricia Pendry, uma das autoras do artigo, explica que a função executiva contempla elementos necessários para o planejamento, a organização, a motivação, a concentração e a memorização. “Todas são habilidades cognitivas importantes para o sucesso na universidade”, observa, em nota.
O grau de vulnerabilidade foi atribuído a cada pessoa com base no histórico de falhas acadêmicas, pensamentos suicidas, saúde mental e dificuldades de aprendizagem.
Participantes do estudo acariciam um cão enquanto discutem situações estressantes (Foto: Washington State University)
A pesquisa também revela que programas de terapia com cães podem melhorar as habilidades de pensamento e planejamento de alunos estressados de forma mais eficaz do que programas de gerenciamento de estresse com abordagens tradicionais.
Essa última estratégia costuma seguir os moldes de uma aula teórica: os estudantes escutam um especialista, assistem aos slides e fazem anotações sobre como dormir melhor, estabelecer metas ou lidar com estresse e ansiedade.
Apesar de serem assuntos importantes, diz Pendry, não necessariamente eles geram bons resultados. “Parece que os alunos enxergam esses programas como outra aula, que é exatamente o que faz com que eles se estressem.”
Em outras palavras, aprender sobre estresse é estressante. Mas, quando se tem cachorros, esse quadro muda, porque a interação humano-animal faz com que os estudantes relaxem e tenham atitudes e pensamentos positivos.
Ao acariciar cães, os alunos ficam mais tranquilos e podem lidar com fatores de estresse de uma maneira melhor, sem ficarem sobrecarregados. Essas condições são favoráveis para atividades como pensar, estabelecer metas, encontrar motivações, se concentrar e lembrar o que foi ensinado em aula.
“Ficar calmo é útil para aprender, especialmente para aqueles que têm dificuldades de estresse e aprendizagem”, conclui Pendry.
Fonte: Revista Galileu – Por: Redação – 31/05/2021 – 20:45h
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